terça-feira, 26 de março de 2019

TRICICLANDO NA PRAÇA SANTUÁRIO DE NAZARÉ.

Foi o reinício de minha diversão em vender mudas de camapu. Alcancei sábado, 23 de março de 2019, pela manhã, a Praça Santuário de Nazaré, Belém, Pará, que nos meus tempos de jovem era chamado simplesmente de Largo de Nazaré. Contrariando de entrada, uma placa de "proibido andar de bicicleta, crianças maiores de 10 anos", localizada no lado esquerdo de quem entra, logo depois do portão frontal à Basílica, entrei com o Triciclo Feliz pelo piso marmorizado. Se, contudo, eu fosse abordado por algum guarda, já estava com a minha resposta na ponta da língua: -- Mas eu só tenho 8 anos de vida!!!  
Girei por todos os lados da praça e estacionei em diversos pontos, onde achava interessante fazer fotos ou vídeos de alguma coisa. Foi assim que identifiquei um bom sistema de recolhimento de lixo com diversos conjuntos de cestas para recolher plásticos, papéis, metais e lixo comum. 
 
Também percebi algumas placas de proibido ou indicando uma ação a ser feita naquele espaço, como a de "recolher as fezes de seu animal". As de proibir são várias: São proibidos skates, patins, jogos de bola e bicicletas, todos para crianças maiores de 10 anos! . Não vi a de patinetes. 
 
 
Chamou-me a atenção algumas poças de água com muito limo no piso de mármore, indicando, talvez, uma falta de manutenção mais frequente nessa época de copiosas chuvas. Detalhe: Escorreguei de leve em uma delas...
Outro fato observado foi que o portão de acesso pela av. Generalíssimo Deodoro e os dois laterais (Rua D. Alberto Gaudêncio Ramos e Av. Nazaré) permaneciam fechados e trancados.
  Talvez, pela hora, próxima do meio dia, vi poucas pessoas transitando por dentro da praça ou mesmo a presença de turistas na frente da Basílica Santuário de Nazaré. Alguns ambulantes posicionados do lado de fora, próximos da rua D. Alberto Gaudêncio Ramos e outros na calçada da av. Nazaré. Em vistas disso tudo, limitei-me a fotografar e fazer alguns vídeos que apresento agora aqui.
Algumas recordações do meu tempo de criança e jovem, porém, vieram à tona. Como a denominação do lugar, por exemplo. Chamávamos simplesmente de Largo de Nazaré. Na época do Círio de Nazaré passava a ser chamado de Arraial de Nazaré. Nessa quinzena festiva armavam-se diversas barracas pouco sofisticadas que ofereciam comidas, bebidas e alguns jogos e teatros. Tinham as verdadeiras pescarias, em que os prêmios eram realmente peixes ornamentais e muitas outras coisas mais. A maça do amor, o algodão doce, o quebra-queixo, o pirulito de cupu, as pipocas de milho e de arroz, os cascalhos, os raspas-raspas, os balões à gás e muito mais. 
O chão de areia, as gigantescas samaumeiras e seus periquitos sazonais davam um cenário de Natureza Perto para o lugar e pra quem lá estivesse. 
Penso que naqueles tempos a praça era realmente do povo. 

(*) Todas as imagens e vídeos com exceção da foto aérea (Google Map) são de minha autoria.

Em tempo: Recebi agora mesmo este comentário de minha querida amiga, Lourdes, que compartilho com todos:
"Realmente ...A Praça era do Povo ! Largo de Nazaré e Arraial de Nazaré. Me dá Saudades Tinha tbem, os Coretos:- Um Grande no Centro e os Menores. Além das barracas simples, o Cavalinho. O nome agora eu Santuário de Nazaré. Antigamente  chamava-se Nazareth. O Nome da Santa: Nossa Senhora de Nazareth."

    

4 comentários:

  1. LINDA reportagem do nosso cotidiano querido Gondim, você sempre instigando, perspicaz e ótimo observador.
    Eu que moro aí perto nem prestei atenção nas lixeiras e nas placas. Que vergonha !
    Abraços irmão.
    Na terça tô de volta e essa Belém chuvarenta, que adoro!

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