sábado, 31 de agosto de 2019

CRIME AMBIENTAL NO PARQUE DO UTINGA!?

 
ANTECEDENTES  E CENÁRIO:
Ontem, 30 de agosto, sexta-feira, meu filho Pedro Fabiano (o Pepê), 10 anos, teve a primeira aula de campo de sua vida! Cursando o 6.º ano do ensino fundamental, participou de uma aula de campo de Geografia e Ciências, promovida pelo Colégio Sucesso onde estuda. A aula foi no Parque Ambiental do Utinga em Belém, Pará. Decidi recepcioná-lo e fui até o parque bem cedo no Triciclo Feliz, prevendo que chegaria primeiro que ele. Assim ocorreu. Após recebê-lo no pórtico de entrada com imagens e vídeos para registrar o feito, aguardei que se deslocassem para a primeira etapa da aula que era a visita à Estação de Tratamento de Água da Companhia de Saneamento do Pará, COSANPA. 
A turma do Pedro Fabiano, o Pepê.
As turmas do Colégio Sucesso que participaram da aula. Pepê, extremidade esquerda da foto.
 
Turma do Pedro Fabiano. Orientações Gerais.
Mais uma vez a Teoria da Conspiração levantada por outro filho meu, o Carlos Henrique, 37 anos -- que diz "Pai, onde o senhor vai, encontra um (a) ex-aluno (a)!" -- se concretizou: Encontrei lá, no salão do pórtico do parque uma ex-aluna minha, a Laura. Conversei rapidamente com ela e registrei o nosso reencontro. 
Eu e a Laura, minha ex aluna da FCAP/UFRA.
Foi no exato momento que a turma de alunos do Colégio Sucesso chegava e ela, pelo que vi, era a pessoa que iria recepcionar e coordenar o andamento das atividades escolares. Certamente seria uma vista monitorada. Aguardei um pouco e quando a turma já caminhava para o início das atividades, peguei o Triciclo Feliz e segui o caminho das trilhas de ciclistas e pedestres que alcançam os Lagos Bolonha e da Água Preta, principais atrativos do parque. Meu filho seguiu com a turma em outra direção que seria o alvo da aula: A Estação de Tratamento de Água da COSANPA, que fica dentro do parque. Comecei a triciclar despreocupadamente curtindo a paisagem. No trajeto, fui abordado por um grupo de turistas. 
O grupo de turistas que me abordou.
 Eles viram o pequeno cartaz provocador que coloquei na traseira do triciclo que dizia: " Remédio contra desmatamentos e queimadas." e indicava o porta mudas com seis mudas de Ipê Roxo ou Pau-d'arco Roxo, as quais eu levo como de costume, quando saio para triciclar pela cidade de Belém. Pois bem, o grupo de turistas que caminhavam na trilha me chamaram e eu fui ao seu encontro. Alegres e felizes me parabenizaram pela iniciativa de portar um remédio contra esse mal ambiental atroz que está consumindo nossas florestas. Trocamos algumas frases. Soube que são de Santa Catarina e São Paulo. Fizeram algumas imagens e eu também registrei o momento. 
O grupo de turistas que me abordou. Acharam legal a ideia.
Seguimos adiante. Eu triciclando e eles caminhando. Alcancei finalmente o final da trilha, algumas centenas de metros após a margem do Lago da Água Preta. Estacionei o Triciclo Feliz e levei um papo com uma guarnição do Batalhão de Policiamento Ambiental, BPA, responsável pela segurança do parque, lá posicionada. Confesso que estava cansado. Esta parada era pra eu descansar um pouco, merendar e aguardar o meu filho e a turma do colégio chegar por lá. O tempo passou, me refiz um pouco do cansaço e decidi retornar. Eram quase 10 horas e a turma não tinha aparecido. (Na verdade, eu não conhecia a programação em detalhes. Supus apenas que eles iriam chegar até o Lago da Água Preta.) 
OS "CRIMES AMBIENTAIS"!?:
No meu retorno -- pela mesma trilha de vinda -- decidi plantar uma das mudas de Pau-d'arco (ou Ipê) que carregava no Triciclo Feliz. Escolhi o lugar e plantei. 
Primeira muda de Pau-d'arco (Ipê) plantada.




Retomei a triciclada. Mais adiante, fiz novo plantio. 




Segunda muda de Pau-d'arco (Ipê) plantada.


Retomei de novo a triciclada. Alcancei então um grupo de estudantes de outro colégio que caminhavam já de volta -- O Parque do Utinga é muito frequentado por turmas de estudantes--  e propus que um deles plantasse uma muda. Indiquei um lugar, porém, fui alertado que não era bom, pois estava na frente do tapume que anunciava que ali seria construída a sede administrativa do parque. E assim eles se foram... Eis então que finalmente surge a turma de meu filho, Pepê. Decidi fazer com eles o novo plantio. Antes disso, enquanto o grupo todo se reunia, fiz uma pequena animação. -- Quem responder a esta pergunta, irá plantar a mudinha, falei alto. -- Como é conhecida a Cidade de Belém? 
-- A Cidade das Mangueiras! respondeu rapidamente um aluno -- o Lucas. Começamos então a fazer o plantio. 
O estudante Lucas, colega do Pepê plantando a mudinha.

Turma do Pedro Fabiano, o Pepê e o plantio de uma muda de Pau-d'arco (Ipê).
Quando a mudinha já estava no solo, alegre e feliz, veio uma monitora, ou guia, e retirando a mudinha recém colocada do seu berço, falou pra mim: -- Não, o senhor não pode plantar aqui! Isto é uma área de proteção ambiental! Só com autorização do órgão competente! (ela falou o nome do órgão, mas em respeito aos que lá trabalham seriamente, prefiro não citá-lo aqui). -- Esta espécie não é daqui!, completou ela, me entregando a mudinha removida do chão. Tentei argumentar, mas... 
A turma do meu filho então seguiu adiante. Certamente tinham mais coisas para ver e aprender.
FATOS REVERSOS:
Quando estava retornando na trilha fui abordado por uma jovem, que ao ver as mudas de Pau-d'arco (ou Ipê) disse que queria uma para dar para a sua mãe. Eu, prontamente parei, escolhi uma muda e dei para a jovem. Ela quis pagar, mas não aceitei. Doei uma muda para ela. Ficou feliz.

A jovem para quem doei uma muda de Pau Dárco (Ipê).
Segui em frente. Quando eu tinha acabado de plantar a segunda muda -- na borda da floresta -- fui abordado por um segurança privado em sua moto. -- O senhor está vendendo mudas aqui! Falou ele. Me aproximei e respondi: Não, eu estou plantando uma muda e não vendendo.-- É que recebemos uma reclamação que o senhor estaria vendendo e aqui não pode ser vendido nada! Ele aceitou minha resposta e foi embora. Segui triciclando. Mais adiante, num intervalo de cerca de 10 minutos, fui novamente abordado. Agora era uma senhora  de uniforme em uma bicicleta. Presumi que era funcionária da empresa que administra o parque. -- O senhor está vendendo aqui! Não pode!, falou pra mim. Respondi novamente que não. Eu não estava vendendo. Olhei pra traseira do Triciclo Feliz e foi aí que percebi que eu não tinha removido o cartaz que trago na cestinha anunciando as mudas de Ipê Roxo: 1 x R$3,00 e 2, por R$5,00. 
O cartaz (embaixo) que não foi removido por mim dentro do parque.
Eu rodo por toda a cidade assim. Era isto! Ela continuou: -- O senhor tem que ir embora! E começou a falar m.! Retruquei educadamente que um papel higiênico resolveria e me mandei... 
ALEGAÇÕES FINAIS:
Eram quase 11:30 horas, o horário estabelecido pelo colégio de meu filho, para pegá-lo ao fim da jornada da aula de campo. Engatei a tração nas duas pernas e parti.
Não, não vou comentar com detalhes os fatos acima relatados, acontecidos dentro de uma unidade de conservação ambiental. Poderia dizer, por exemplo: 1) Como o sistema de segurança (público e privado) age em um ambiente tornado de acesso público grátis, que é responsável pela captação, tratamento e distribuição de quase 100% da água para a capital, Belém e Área Metropolitana? 2) Como não incentivar o plantio de mudas entre jovens estudantes em um momento horrorizante e cruel pelo qual passamos, alegando unicamente procedimentos burocráticos não cumpridos? 3) Alegar que o Pau-d'arco não poderia ser plantado porque não é uma espécie local?
VÍDEOS E IMAGENS DAS ALEGAÇÕES FINAIS:
Crime Ambiental (?!) n.º 01
Crime Ambiental (?!) n.º 02



(*) Todas as imagens e vídeos são de minha autoria.



quinta-feira, 22 de agosto de 2019

O QG DA MANGUEIRINHA ESTÁ À TODA!

Retornando de minha curta triciclada de hoje, 20 de agosto de 2019, terça-feira, pela manhã, encontrei o Quartel General da Mangueirinha -- Ciclo via da av. Marquês de Herval, altura da trav. Perebebuí --  à todo o vapor! Estava cheio hoje, parecendo que era prontidão! Desci do triciclo e fui recepcionado pelo José Ribamar, o poeta. Em uma cadeira de embalo estava o Francisco, no banco de cimento ao redor da mesa, o Hélio e descansando sobre colchões mais quatro recrutas adormecidos. Fazia alguns meses que não os encontrava. Percebi que o José Ribamar estava ansioso em falar comigo. Foi aí que peguei o celular e registrei em dois pequenos vídeos e algumas imagens o reencontro. O José Ribamar me entregou um projeto impresso dizendo que "queria responder à pergunta de 1 milhão do Luciano Huck (?!)" Conversamos algumas frases, disse-lhes que iria tentar ajudá-lo, despedi-me e fui em frente. 
(*) Todas as imagens e vídeos são de minha autoria.

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

"DESPACHO". 1.1.

De novo hoje, 15 de agosto de 2019, quinta-feira, no mesmo cruzamento, isto é, na mesma encruzilhada, encontrei outro "despacho". Agora no canteiro oposto ao primeiro. No pé do poste de uma placa de sinalização de trânsito vi um copo de vidro com café preto, ao lado direito uma caixa de fósforos com dois palitos não queimados, encaixados nas extremidades opostas da gaveta da caixa e mais ao lado (direito) um charuto, tamanho médio, aparentemente não usado. Eram cerca de 11:00 horas da manhã. Francamente, desconheço esse simbolismo. Talvez, seja uma oferenda ao Preto Velho convidando-o à tomar um cafezinho preto regado à charuto. Será?!

(*) Todas as imagens e vídeos são de minha autoria.


"DESPACHO". 1.0

Na retomada das tricicladas em minha cidade, Belém, Pará, sábado, 10 de agosto de 2019, deparei-me com um fato inusitado, porém, não incomum: Um "despacho". 
Retornava eu, pela ciclo via da av. Marquês de Herval, quando na esquina -- ou diria melhor -- no cruzamento ou encruzilhada -- com a trav. Humaitá, vejo um. Como era no ponto em que tenho que esperar o sinal fechar para atravessar a via, me deu tempo de olhar com mais cuidado e documentar a instalação. Chamou-me a atenção muitas pimentas vermelhas compridas, muita farofa e a galinha, já dilacerada, certamente por um canino ou felino noturno, -- ou terá sido um humano? -- pensei eu. Percebi a ausência de um objeto que é frequente, o alguidar. 
Segui adiante. 
É essa diversidade cultural, religiosa e comportamental que nos faz um povo original, plural e alegre no mundo globalizado e pasteurizado dos dias atuais.
(*) todas as imagens e vídeos são de minha autoria.

Olha aqui o que um amigo meu postou no zap:

terça-feira, 13 de agosto de 2019

PERIPÉCIAS DO TRICICLO FELIZ EM SOURE.

 
Passei cerca de 15 dias em Soure, Pará, em julho. Eram as férias escolares da turminha e lá fomos nós com triciclo e tudo! Aproveitei pra rever alguns amigos, curtir a paisagem, fazer a devida manutenção da casa, tomar açaí de D. Margarida e um amuado e revigorante caldo de turu, além de outras atividades afins e quase sem fins. Fazia cerca de um ano que por lá não chegava. Revi o meu dileto amigo Seu Nelson e D. Glória, bragantinos trabalhares, empreendedores e felizes, muito felizes! D. Estrela, uma senhora que tem um carinho especial quando vê a minha Turminha. Chama de netinhos e por eles tem o maior apreço. Ocasionalmente revi o DJ Mingau, o Clodoaldo, vendedor ambulante de mingau e marcante em sua atividade, que hoje, está em stand by. Agora ele trabalha em um ótica, na cidade. Seu Eduardo, comerciante empenhado e inovador, batalhador incansável no ramo de estiva e alimentação. O Seu Vieira, o Seu Max, o Seu Brito e D. Jerônima, o professor Otávio e seu filho Nic Júnior. O meu colega de faculdade Carlos Augusto Nunes Gouveia, o Tonga e muitos outros e outras, que infelizmente não registrei em imagens mas os guardo no coração. Também vi coisas estranhas como a obra ao contrário e as placas anti bikes no muro do fórum. Enfim, mergulhei um pouco nesse fantástico e quase indecifrável mundo marajoara. Vejam o resultado:
1) Curtindo a Paisagem:
2) Curtindo a Família:
3) Encontros e Reencontros:
4) Atividades de Manutenção, Contemplação, Alimentação, Curtição & Afins:
5) Coisas Esquisitas:

a) A Obra ao Contrário:
b) Não encoste...

(*) Todas as imagens e vídeos são de minha autoria.