quinta-feira, 15 de agosto de 2019

"DESPACHO". 1.0

Na retomada das tricicladas em minha cidade, Belém, Pará, sábado, 10 de agosto de 2019, deparei-me com um fato inusitado, porém, não incomum: Um "despacho". 
Retornava eu, pela ciclo via da av. Marquês de Herval, quando na esquina -- ou diria melhor -- no cruzamento ou encruzilhada -- com a trav. Humaitá, vejo um. Como era no ponto em que tenho que esperar o sinal fechar para atravessar a via, me deu tempo de olhar com mais cuidado e documentar a instalação. Chamou-me a atenção muitas pimentas vermelhas compridas, muita farofa e a galinha, já dilacerada, certamente por um canino ou felino noturno, -- ou terá sido um humano? -- pensei eu. Percebi a ausência de um objeto que é frequente, o alguidar. 
Segui adiante. 
É essa diversidade cultural, religiosa e comportamental que nos faz um povo original, plural e alegre no mundo globalizado e pasteurizado dos dias atuais.
(*) todas as imagens e vídeos são de minha autoria.

Olha aqui o que um amigo meu postou no zap:

2 comentários:

  1. Em vários lugares de Belém ainda nos deparamos com essas oferendas, eu não gosto nem de olhar, mais respeito a religião ou simpatia alheia. Saravá, mangalô 3 vezes

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    1. Olá Unknown!
      Obrigado pelo alegre comentário.
      Em tempos idos, quando ainda se podia caminhar despreocupadamente madrugada à dentro, pelas frias e soturnas ruas, avenidas, travessas e praças de Belém, PA, era com muita alegria quando nos deparávamos com uma galinha assada -- que não era frango -- e a cheirosa farofa da mais autêntica farinha bragantina, sem contar com a garrafa ou copo de aguardente. Rapidamente viravam deliciosos petiscos para os jovens em fim de farrinhas pelas madrugadas belenenses. Claro, com a autorização dos Babalorixás, Iemanjás, Iansãs e outras entidades mitológicas que ocupavam muitos terreiros de então.

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