sábado, 8 de fevereiro de 2020

FUI CENSURADO EM 2020?!


Desde 2013, mais exatamente 24 de fevereiro, envio para o site WEB ARTIGOS algumas coisas que escrevo. Para participar basta cadastrar-se, escrever o texto, escolher a categoria em que se enquadra e enviar para submissão.Nesse período publiquei cerca de 50 crônicas, que é a categoria que os textos melhor se enquadram, segundo meu julgamento. No último dia 29 de janeiro de 2020, enviei uma crônica ttitulada "O Bloco do Caranguejo Leite" que contava a história de um bloco de carnaval. 
1) TEXTO ORIGINAL:
"Eu sou o caranguejo leite,
Respeite o meu viver,
Estou correndo perigo,
Não mexa comigo,
Que eu também quero crescer!"

Essa era a marchinha composta pelo Antônio Juraci Siqueira, poeta, escritor e educador, que puxava o Bloco do Caranguejo Leite no carnaval de Soure, Pará, anos atrás! De repente, veio a ideia de fazer no mundo dos Humanos, o que a Natureza faz nessa mesma época: o Carnaval! O Ucides, sai pra acasalar e pra crescer! E quando ele está crescendo, o corpo dele fica todo mole e leitoso, daí o nome de caranguejo leite, apelido recebido dos extrativistas dos manguezais, os caranguejeiros! Mas não é um leite da teta de búfala, não! É um leite de matéria orgânica e mineral que torna a carapaça, ou melhor, o exoesqueleto, ou ainda mais diretamente, a casca dele, mole e... leitosa, como se de leite fosse. Pois bem, o Bloco do Caranguejo Leite pegou as ruas e travessas da cidade. Composto por 2 carros, ou seja, uma carroça puxada por búfalo e uma velha caminhonete Toyota Bandeirante, que tinha o apelido de "Clorofila". Os brincantes iam atrás, sem abadás, mas com uma camiseta customizada do bloco. E cantavam: "Eu sou o caranguejo leite..." A fanfarra do Mestre Cupijó animava a todos. Na carroceria da velha Clorofila vinha a performance do Caranguejo-Leite. Um dos brincantes, assumiu o papel do caranga e em gestos quase eróticos e obscenos, se contorcia dentro de uma bacia, ao mesmo tempo que com uma cuia, tomava banho de leite, do mais puro leite de búfala, diga-se de passagem, simbolizando o crescimento do crustáceo. E o cortejo seguia alegre e feliz. Mais atrás, vinha a carroça do búfalo. Na sua carroceria, um caldeirão instalado sobre um fogareiro em brasas, oferecia o mais autêntico e revigorante, pra não dizer afrodisíaco, Caldo de Turu para todos! E a fuzarca seguia, alegre e feliz. A evolução era cadenciada, nem muito rápida, nem muito lenta. O destino era a Quarta Avenida, -- ou será a 4.ª Rua, onde estava instalado o palanque das autoridades para assistir ao desfile oficial. De repente, na altura da Décima Sexta Travessa quase esquina da 3.ª Rua, o inesperado aconteceu: O carro de búfalo que carregava o Caldo de Turu, sacolejou quando uma de suas rodas caiu em um incauto buraco derramando todo Caldo de Turu! Ugh! Ug! O cortejo parou. O caldo de turu inevitavelmente escorreu todo pro chão sujo sem a mínima possibilidade de ser sorvido... Sem chorar pelo caldo derramado, a trupe carnavalesca continuou. A performance, porém, do Caranguejo Leite, continuava à chamar a atenção dos observadores boquiabertos. Alguns mais afoitos e incrédulos, mandavam a molecada fazer a prova dos nove pra ver se realmente era leite que escorria do corpo do caranguejo, quer dizer do humano transfigurado em caranguejo. Finalmente, o bloco chega ao sambódromo de Soure, na Marquês de Sapucaí, digo, na Quarta Avenida, digo, 4.ª Rua.
 Apoteose triunfal do bloco com a carroça do búfalo sem o caldo do turu, mas com um caranguejo completamente leitoso e crescido, que seguiu alegre e feliz até a dispersão final do bloco cantarolando...
"Eu sou o caranguejo leite,
Respeite o meu viver,
Estou correndo perigo,
Não mexa comigo,
Que eu também quero crescer!"



Como já tinham se passados cerca de 5 dias depois do envio e nada da situação mudar, ou seja, a mensagem continuava "em aprovação", quando acessava o site pra atualizar, resolvi questionar através de e-mail o administrador do site.
Imagem 01: Print da página do autor para acompanhar o processo de publicação.

Imagem 02: Print da primeira mensagem de e-mail enviada ao administrador do site e a sua resposta (acima).


Um dia depois veio a resposta.  "Desculpe a demora. Resolvi reprovar o artigo por considerar o conteúdo de cunho adulto". A crônica tinha sido reprovada devido o "cunho adulto" da mesma, dizia o texto da resposta. Repito: Reprovada devido o "cunho adulto"! Quequié isso companheiro? Imediatamente pedi socorro ao prof. Google pra saber o significado atualizado da expressão:"Cunho adulto"! "É aquilo que tem a marca, o selo, o carácter de adulto". E adulto é aquilo que ou quem alcançou a maioridade. Bom, paro por aqui. Tava claro que a crônica foi considerada, digamos, inapropriada. Respondi na mesma mensagem: "O senhor poderia explicar melhor o que entende por "cunho adulto"? Sinto-me profundamente decepcionado não pela reprovação, mas pelo motivo alegado pelo senhor para a reprovação." 
Imagem 03: Print da página do autor informando que o texto foi reprovado e o seu motivo.



Imagem 04: Print da segunda mensagem de e-mail enviada ao administrador do site e a sua resposta (acima) indicando a solução para a sua aprovação.

Horas mais tarde, chegou outra mensagem do administrador:  "Mude a palavra "transar" para "brincar" ou algo do tipo que consigo aprovar seu texto." Anteriormente já tinha sido reprovado porque o texto enviado tinha menos de 500 palavras, ou, que não era mais inédito. Tudo bem! São condições objetivas pré estabelecidas que cada um aceita ao se cadastrar. Mas alegar "cunho adulto" e indicar a palavra "transar" indevida, isso é a mais pura censura! Assim, depois de ler essa resposta, num ímpeto de ira, raiva ou ódio decidi: Vou mandar esse cara pra bem longe! Porém, esfriei a cabeça, acatei a sugestão. Adicionei mais algumas frases ao texto original e reenviei a crônica para publicação. Finalmente ontem, 07 de fevereiro de 2020 a mesma foi publicada "ipsis litteris" -- Kkkk!!!!.

Imagem 05: Mensagem final do administrador informando a aprovação do artigo.

Imagem 06: Print da última atualização feita na página do autor, onde informa o número de visualizações que o artigo teve até aquele momento.
2) TEXTO ATUALIZADO:
"Eu sou o caranguejo leite,
Respeite o meu viver,
Estou correndo perigo,
Não mexa comigo,
Que eu também quero crescer!"

Essa era a marchinha composta pelo Antônio Juraci Siqueira, poeta, escritor e educador, que puxava o Bloco do Caranguejo Leite no carnaval de Soure, Pará, anos atrás! De repente, veio a ideia de fazer no mundo dos Humanos, o que a Natureza faz nessa mesma época: o Carnaval! O Ucides, sai pra acasalar e pra crescer! E quando ele está crescendo, o corpo dele fica todo mole e leitoso, daí o nome de caranguejo leite, apelido recebido dos extrativistas dos manguezais, os caranguejeiros! Mas não é um leite da teta de búfala, não! É um leite de matéria orgânica e mineral que torna a carapaça, ou melhor, o exoesqueleto, ou ainda mais diretamente, a casca dele, mole e... leitosa, como se de leite fosse. Pois bem, o Bloco do Caranguejo Leite pegou as ruas e travessas da cidade. Composto por 2 carros, ou seja, uma carroça puxada por búfalo e uma velha caminhonete Toyota Bandeirante, que tinha o apelido de "Clorofila". Os brincantes iam atrás, sem abadás, mas com uma camiseta customizada do bloco. E cantavam: "Eu sou o caranguejo leite..." A fanfarra do Mestre Cupijó animava a todos. Na carroceria da velha Clorofila vinha a performance do Caranguejo-Leite. Um dos brincantes, assumiu o papel do caranga e em gestos quase eróticos e obscenos, se contorcia dentro de uma bacia, ao mesmo tempo que com uma cuia, tomava banho de leite, do mais puro leite de búfala, diga-se de passagem, simbolizando o crescimento do crustáceo. E o cortejo seguia alegre e feliz. Mais atrás, vinha a carroça do búfalo. Na sua carroceria, um caldeirão instalado sobre um fogareiro em brasas, oferecia o mais autêntico e revigorante, pra não dizer afrodisíaco, Caldo de Turu para todos! E a fuzarca seguia, alegre e feliz. A evolução era cadenciada, nem muito rápida, nem muito lenta. O destino era a Quarta Avenida, -- ou será a 4.ª Rua, onde estava instalado o palanque das autoridades para assistir ao desfile oficial. De repente, na altura da Décima Sexta Travessa quase esquina da 3.ª Rua, o inesperado aconteceu: O carro de búfalo que carregava o Caldo de Turu, sacolejou quando uma de suas rodas caiu em um incauto buraco derramando todo Caldo de Turu! Ugh! Ug! O cortejo parou. O caldo de turu inevitavelmente escorreu todo pro chão sujo sem a mínima possibilidade de ser sorvido... Sem chorar pelo caldo derramado, a trupe carnavalesca continuou. A performance, porém, do Caranguejo Leite, continuava à chamar a atenção dos observadores boquiabertos. Alguns mais afoitos e incrédulos, mandavam a molecada fazer a prova dos nove pra ver se realmente era leite que escorria do corpo do caranguejo, quer dizer do humano transfigurado em caranguejo. Finalmente, o bloco chega ao sambódromo de Soure, na Marquês de Sapucaí, digo, na Quarta Avenida, digo, 4.ª Rua.
 Apoteose triunfal do bloco com a carroça do búfalo sem o caldo do turu, mas com um caranguejo completamente leitoso e crescido, que seguiu alegre e feliz até a dispersão final do bloco cantarolando...
"Eu sou o caranguejo leite,
Respeite o meu viver,
Estou correndo perigo,
Não mexa comigo,
Que eu também quero crescer!"

(*)Todas as imagens (prints) são de minha autoria. A imagem "censurado" foi capturada na internet no site https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.estudosnacionais.com%2F6370%2Fcensura-entenda-o-que-esta-acontecendo-nas-redes-sociais%2F&psig=AOvVaw0Fb0rrhDQ8YcdsqYfY1ZHf&ust=1581280887709000&source=images&cd=vfe&ved=0CA0QjhxqFwoTCJDBubHtwucCFQAAAAAdAAAAABAD


Um comentário:

  1. Impressionante!
    Só não coloquem a culpa no Bolso. Pode estar furado...

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